domingo, 12 de junho de 2011

O Universo dos Vinhos!


Fonte:Edson Ubaldo - Desembargador do TJSC Autor de Vinho um Presente dos Deuses

O Vinho é o produto de quatro fatores básicos: O solo, o clima, a variedade da vinha e a mão humana. O tipo de solo onde a vinha é plantada tem influência decisiva na qualidade do vinho, segundo os elementos por ele fornecidos. Mesmo sendo uma planta xenófila, a vinha não se adapta a solos úmidos, preferindo os secos e permeáveis. Solos vulcânicos contêm altas taxas de pos´tassio e fósforo, indispensáveis a um bom vinho. Os argilosos, ricos em ferro, respondem pela intensidade da cor. Os calcários dão o necessário equilíbrio entre ácidos e açucares. Cada pedaço de terra composição química própria, única, a qual aliada aos demais fatores, forma o que conhecemos por TERROIR . Contudo eventuais deficiências do solo podem ser corrigidas pela adição dos lementos faltantes ou insuficientes. Por exemplo: os solos ácidos, característicos da maioria das terras do Sul do Brasil, exigem calagem, ou seja, a colocação de várias toneladas de calcário por hectare, a fim de elevar o PH acima de 7. Também se adiciona fósforo, potássio , uréia, magnésio, boro, molibidênio e outros, até obter-se acima de 900 m de altitude. Abaixo desse patamar não haverá frio suficiente para o repouso da planta. Além disso , o calor e a umidade das baixas altitudes são propícios a doenças e pragas, que ao longo do tempo acabarão por inviabilizar a produçao de cachos sadios. Ressalta-se que estamos falando de Vitis vinífera, pois as variedades híbridas de orígem americana resistem melhor á umidade e ao calor. Entretanto, produzem vinhos miseráveis.
O Clima, sem dúvida é o fator mais delicado e imprevisível, diante do qual a intervenção humana pouco pode fazer. A Videira é planta de folhas caducas, ou seja, pertence áquele espécie que derruba as folhas no outono, entra em completo repouso durante o inverno, acorda e brota na primavera e frutifica durante o Verão. Para reorganizar seu metabolismo durante a hibernação, exige frio intenso - pelo menos 700 horas abaixo de 7 graus C. Invernos amenos, que não propiciem o indispensável repouso á planta, terão resultados negativos: brotação e frutificaçao fracas, irregulares, redundando em cachos deficientes e mais sujeitos a fungos e ataques de pragas. Geadas tardias, após a brotação, têm consequencias sérias, pois matam os cachinhos em formação. O maior inimigo, porém é o granizo, que em poucos minutos destrói o trabalho de um ano todo. Hoje em dia usam-se redes de proteção sobre o vinhedo, mas o custo é altissimo. O sol e a chuva exercem papel preponderante. As uvas precisam de calor e luminosidade para um perfeito amadurecimento, pois é o sol que concentra os açúcares e baixa acidez. A chuva é importante porque a vinha depende da água para formar as folhas e os cachos, salvo nas últimas tres semanas antes da colheita, pois se nesse período chover muito, os açúcares diminuirão e a acdidez aumentará, prejudicando a qualidade do vinho. A espécie e a variedade das videiras são preponderantes. Mesmo que os demais fatores sejam perfeitos, só haverá bom vinho se as videiras forem da espécie Vitis vinífera e de algumas de suas variedades, conforme já explanado nesta coluna, em artigo anterior. A Mão Humana é um dos fatores predominantes que começa a atuar no preparo do solo para o plantio da vinha e se estende até o momento da comercialização, passando por todas as fases técnicas de elaboração, conservação, tratamentos, engarrafamento e transporte. Qualquer falha nesse ciclo será fatal. A tecnologia moderna tem sido de inestimável valor para a produção de bons vinhos, mas o resultado final dependerá, sempre, das decisões certas tomadas pelo viticultores e pelos enólogos responsáveis pela transformação da uva em vinho.
Dito isto, pode-se concluir que cada vinhedo produzirá um vinho com características específicas, únicas por isso não há um Cabernet Sauvignon ou um Merlot igual ao outro ainda que provenientes da mesma safra e do mesmo clone, (cada variedade pode advir de clones diferentes), pois o terroir, o clima e a tecnologia utilizada na elaboração é que darão a identidade própria de cada vinho e de cada safra, determinando o aroma, o buquê, o corpo, a cor, a graduação alcoólica, o gosto e as impressoes finais, ou seja, se o vinho nos agrada ou não.
Cada região do mundo produz vinhos diferentes - ainda que a variedade da uva seja a mesma - não tendo maior valor a comparação entre um e outro. por isso mesmo não há vinhos universais , mas vinhos regionais, sendo que estes variam segundo o terroir, conforme acima dito. Assim, cada consumidor, após provar diversos vinhos, elegerá aqueles de sua preferência. Para ele então, os melhores vinhos do mundo serão os que mais o agradarem. Embora existam vinhos famosos, verdadeiros ícones que custam
fortunas, ninguém deve sentir-se diminuído por não bebê-los. Um vinho de custo acessível, que agrade ao nosso paladar, pode dar-nos um prazer superior ao dos Romanée-Conti, Ch.Pétrus, Margaux, Latife e Mouton Rotschild, Barca Velha, Vega Sicília Único e tantos outros só bebidos por milhionários!

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É dia dos namorado O vinho é o Laço de União para os casais nesta noite belíssima!

2 comentários:

  1. AIBA MAIS SOBRE SUA POSSÍVEL DOENÇA, A ESQUIZOFRENIA - Neste tipo de doença, é raro o indivíduo ter consciência de que está realmente doente, o que torna difícil a adesão ao tratamento.
    Um dos maiores medos que a pessoa com esquizofrenia sente é o de ser estigmatizada por preconceitos sociais relativamente à sua doença, especialmente a ideia de que a pessoa é violenta, intrinsecamente perigosa, ideia essa que estudos recentes põem completamente de parte, mostrando que a incidência de comportamento violento nestes doentes e na população em geral é idêntico, se não mesmo inferior.

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  2. SAIBA MAIS SOBRE SUA POSSÍVEL DOENÇA, A ESQUIZOFRENIA - Neste tipo de doença, é raro o indivíduo ter consciência de que está realmente doente, o que torna difícil a adesão ao tratamento.
    Um dos maiores medos que a pessoa com esquizofrenia sente é o de ser estigmatizada por preconceitos sociais relativamente à sua doença, especialmente a ideia de que a pessoa é violenta, intrinsecamente perigosa, ideia essa que estudos recentes põem completamente de parte, mostrando que a incidência de comportamento violento nestes doentes e na população em geral é idêntico, se não mesmo inferior.

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