terça-feira, 4 de outubro de 2016
O "Governo do Brasil" me Feriu Muito, mas os Brasileiros tambem serão Feridos, Para Sempre!
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quarta-feira, 16 de julho de 2014
Alckmin abandonou o Opus Dei?
Por Altamiro Borges
Fiquei numa dúvida atroz quando li na coluna de Julia Duailibi, no jornal Estadão, que o governador Geraldo Alckmin, candidato à reeleição pelo PSDB, promoverá um “reforço espiritual” nos próximos dias. “Os tucanos querem montar uma agenda do candidato com segmentos evangélicos e católicos”. Como ela observa, “com o começo da campanha eleitoral, é comum os candidatos procurarem lideranças religiosas e colocarem na agenda eventos populares, como visitas ao Santuário de Aparecida e à missa do Padre Marcelo. Há cerca de uma semana, Aécio reuniu-se com integrantes da Assembleia de Deus”. Mas minha dúvida é se Geraldo Alckmin teve algum desentendimento com o Opus Dei e abandonou a seita.
A ligação do governador de São Paulo com este “segmento” religioso, famoso por suas posições direitistas, é antiga. Já em 1978, como prefeito de Pindamonhangaba, no interior paulista, ele batizou uma rua da cidade com o nome do fundador do Opus Dei, Josemaría Escrivá Balaguer, como forma de marcar o cinquentenário da seita. Ele também teve como confessor o padre José Teixeira, famoso difusor da organização no Brasil. Os seus vínculos, porém, sempre permaneceram na penumbra, até que a revista Época, de janeiro de 2006, publicou uma reportagem bombástica, assinada por Eliane Brum e Ricardo Mendonça. Ela revelou que o grão-tucano usava o Palácio dos Bandeirantes para reuniões semanais da seita.
“Nos últimos anos, Alckmin tem recebido formação cristã no Palácio dos Bandeirantes de um influente numerário do Opus Dei, o jornalista Carlos Aberto Di Franco... Ela é chamada informalmente de Palestra do Morumbi, numa alusão ao bairro onde se localiza a sede do governo. Alckmin e um grupo de empresários, advogados e juristas recebem preleções de cerca de 30 minutos. Um dos participantes, o desembargador aposentado e professor da USP, Paulo Fernando Toledo, diz que o governador é um dos ‘alunos’ mais aplicados. ‘Ele toma nota de tudo’. Outro membro, José Conduta, dono da corretora Harmonia, relata que Alckmin não faltou a nenhuma reunião, mesmo quando disputava a reeleição em 2002”.
Em dezembro de 2003, na revista IstoÉ, o repórter Mário Simas Filho revelou outro fato curioso: “Quando completou 24 anos, em 7 de novembro de 1976, Geraldo Alckmin estava angustiado. Ele sonhava ser médico, cursava o quinto ano de medicina, era vereador em Pindamonhangaba e na semana seguinte disputaria a eleição para prefeito da cidade. Logo pela manhã, recebeu um bilhete de seu pai... Hoje, em sua carteira, ainda carrega o bilhete recebido há 27 anos e se emociona cada vez que o lê. Este bilhete reproduz literalmente o ponto número 702 do livro Caminho [de Josemaría Escriba], que aconselha o devoto a ‘olhar de longe e sem paixão os fatos e as pessoas’ para ascender na sociedade”.
Diante destes relatos sobre a dedicação do governador paulista aos ensinamentos do Opus Dei é que surge a dúvida. Houve algum problema de relacionamento ou as visitas planejadas pela cúpula tucana a outros “segmentos evangélicos e católicos” são apenas ações eleitoreiras típicas de campanha? Por que ninguém mais fala sobre as “palestras do Morumbi” e as preleções semanais de 30 minutos? Afinal, Geraldo Alckmin ainda milita no Opus Dei ou abandonou a seita? Talvez até o final da campanha deste ano surjam algumas pistas. Para quem quiser conhecer melhor como surgiu, o que pensa e como atua esta organização reproduzo abaixo um artigo escrito em 2011.
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Quem são os "éticos" do Opus Dei?
Por Altamiro Borges
O Opus Dei (do latim, Obra de Deus) foi fundado em outubro de 1928, na Espanha, pelo padre Josemaría Escrivá. O jovem sacerdote de 26 anos diz ter recebido a “iluminação divina” durante a sua clausura num mosteiro de Madri. Preocupado com o avanço das esquerdas no país, este excêntrico religioso, visto pelos amigos de batina como um “fanático e doente mental”, decidiu montar uma organização ultra-secreta para interferir nos rumos da Espanha. Segundo as suas palavras, ela seria “uma injeção intravenosa na corrente sanguínea da sociedade”, infiltrando-se em todos os poros de poder. Deveria reunir bispos e padres, mas, principalmente, membros laicos, que não usassem hábitos monásticos ou qualquer tipo de identificação.
Reconhecida oficialmente pelo Vaticano em 1947, esta seita logo se tornou um contraponto ao avanço das idéias progressistas na Igreja. Em 1962, o papa João 23 convocou o Concílio Vaticano II, que marca uma viragem na postura da Igreja, aproximando-a dos anseios populares. No seu fanatismo, Escrivá não acatou a mudança. Criticou o fim da missa rezada em latim, com os padres de costas para os fiéis, e a abolição do Index Librorum Prohibitorum, dogma obscurantista do século 16 que listava livros “perigosos” e proibia sua leitura pelos fiéis. “Este concílio, minhas filhas, é o concílio do diabo”, garantiu Escrivá para alguns seguidores, segundo relato do jornalista Emílio Corbiere no livro “Opus Dei: El totalitarismo católico”.
O poder no Vaticano
Josemaría Escrivá faleceu em 1975. Mas o Opus Dei se manteve e adquiriu maior projeção com a guinada direitista do Vaticano a partir da nomeação do papa polonês João Paulo II. Para o teólogo espanhol Juan Acosta, “a relação entre Karol Wojtyla e o Opus Dei atingiu o seu êxito nos anos 80-90, com a irresistível ascensão da Obra à cúpula do Vaticano, a partir de onde interveio ativamente no processo de reestruturação da Igreja Católica sob o protagonismo do papa e a orientação do cardeal alemão Ratzinger”. Em 1982, a seita foi declarada “prelazia pessoal” – a única existente até hoje –, o que no Direito Canônico significa que ela só presta contas ao papa, que só obedece ao prelado (cargo vitalício hoje ocupado por dom Javier Echevarría) e que seus adeptos não se submetem aos bispos e dioceses, gozando de total autonomia.
O ápice do Opus Dei ocorreu em outubro de 2002, quando o seu fundador foi canonizado pelo papa numa cerimônia que reuniu 350 mil simpatizantes na Praça São Pedro, no Vaticano. A meteórica canonização de Josemaría Escrivá, que durou apenas dez anos, quando geralmente este processo demora décadas e até séculos, gerou fortes críticas de diferentes setores católicos. Muitos advertiram que o Opus Dei estava se tornando uma “igreja dentro da Igreja”. Lembraram um alerta do líder jesuíta Vladimir Ledochowshy que, num memorando ao papa, denunciou a seita pelo “desejo secreto de dominar o mundo”. Apesar da reação, o papa João Paulo II e seu principal teólogo, Joseph Ratzinger, ex-chefe da repressora Congregação para Doutrina da Fé e atual papa Bento 16, não vacilaram em dar maiores poderes ao Opus Dei.
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- Eu Tenho Pena de Voces Brasileiros, Mas Hoje Eu tenho mais Pena de quem Mora e Vive Sempre em São Paulo, Porque estas Cidades e Seus Moradores, agora estão Debaixo do Poder Maligno destas Religiões que na Verdade São Ceitas Malignas!
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- O "Governo do Brasil" me Feriu Muito, mas os Brasileiros tambem serão Feridos, Para Sempre!
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